No ano passado, cerca de 3% das declarações enviadas apresentaram problemas, segundo a Receita
Em 2016, cerca de 772 mil declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) ficaram retidas na malha fina, número que representa 2,61% das declarações feitas no ano.
Os principais motivos, de acordo com o órgão, foram a omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes e divergência entre o IRRF informado na declaração e o apresentado na DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte).
“Muitos contribuintes esquecem que a Receita Federal possui uma das inteligências fiscais mais modernas do mundo, com inúmeros cruzamentos de dados e informações entre pessoas físicas e jurídicas. Ou seja, cada valor ou dado transmitido será confrontado”, alerta Maurício Tadeu de Luca Gonçalves, CEO da PartWork Associados e diretor da Fecontesp (Federação dos Contabilistas do Estado de SP).
Há poucos dias para o fim do prazo da declaração, o empresário contábil lista alguns dos principais descuidos que podem levar o contribuinte a cair na malha fina. Confira:
– Erro nos dados informados, principalmente os referentes aos números do informe de rendimentos; qualquer diferença de centavos é motivo de malha fina;
– Só devem ser declaradas despesas que podem ser comprovadas;
– Quem possui mais de uma fonte pagadora deve informar todos os valores recebidos, sejam eles pagamentos por serviços, pró-labore, salários ou alugueis;
– Informar uma pessoa como dependente quando ela já está com esse status em outra declaração de IR, assim como não lançar os rendimentos desses dependentes;
– Declarar despesas médicas com valores diferentes dos recibos;
– Informar despesas que não são dedutíveis, como academia, cursos pré-vestibular, remédios, cirurgias estéticas, entre outros;
– Não listar todas as instituições financeiras onde tenha conta bancária ou vínculo;
– Não listar todos os bens ou doações;
– Evolução patrimonial não compatível com a renda declarada;
– Omissão de rendimentos isentos e não tributáveis;
– Operar ações e não informar lucros ou prejuízos;
– Não lançar pensão alimentícia como rendimento.
Por fim, Gonçalves ressalta que é preciso cuidado e bastante atenção na hora de elaborar a declaração, sendo aconselhável o auxílio de uma boa assessoria contábil.
Fonte: Portal Agafisp
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